Não sou CONTRA a greve como um MOVIMENTO uniforme do trabalhador que objetiva melhorias para a classe. Sou contra a má utilização desse instrumento tão importante e já tão desqualificado pelos governantes e pela própria sociedade.
Quando digo não à greve é por que, através de observação direta, pude ver que o Sindicato que nos ‘representa’ não consegue mais unir os seus associados em torno de causas comuns, de forma que o movimento é disperso e difuso. Lembremos dos anos anteriores! Mesmo os que votaram a favor da greve – sim, por que a maioria absoluta seria a soma dos que se abstiveram e dos que foram contra – não congregam. A orquestra está desafinada e, no entanto, queremos continuar o espetáculo! Os interesses particulares de alguns se tornam a bandeira cujo mastro todos devemos erguer, se não quisermos ser tachados de traidor.
Não vou convidar ninguém a fazer uma reflexão sobre o direito de ter sua própria opinião, por que acredito que nós, professores, já tenhamos como rotina a defesa do livre pensamento. Apenas gostaria de salientar que não compactuo com o modo de governar do poder municipal local. Acho, inclusive, que está havendo aqui uma confusão na definição de quem está de que lado.
Eu sou a favor da Educação em seu mais profundo significado. Sou um professor que busca manter uma relação humana e individualizada com cada aluno, apesar das carências do sistema. Eu tento fazer a minha parte, por que sou feliz assim. Eu preparo minhas aulas. Eu respeito os limites de cada um e as opiniões, apesar de achar que as pessoas sempre podem mais do que imaginam.